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26/06/2020Undime

Pesquisa analisa percepção das famílias em relação à oferta de atividades não presenciais aos estudantes na pandemia

Estudo foi encomendado ao Datafolha pela Fundação Lemann, Itaú Social e Imaginable Futures, com objetivo de fornecer às redes de ensino dados e evidências que ajudem na estratégia de oferta de atividades não presenciais aos estudantes durante esse período

A pandemia da covid-19 levou as escolas a suspenderem as aulas presenciais e impôs uma realidade até então inédita na educação do Brasil e do mundo. Mesmo assim, a rede pública de ensino brasileira está criando estratégias e conseguindo ofertar atividades não presenciais aos estudantes, em um esforço conjunto de secretarias de educação, gestores e professores, que estão reunindo uma série de alternativas para manter os vínculos e dar continuidade ao aprendizado. Ao mesmo tempo, pais ou responsáveis e os próprios alunos tentam se adaptar ao novo cenário. Isso é o que mostra uma pesquisa do Datafolha, realizada a pedido da Fundação Lemann, Itaú Social e Imaginable Futures.

Foram efetuadas 1.028 entrevistas com pais ou responsáveis por 1.518 estudantes da rede pública em todo o Brasil. A margem de erro máxima para o total da amostra é de 3 pontos percentuais, para mais ou para menos, dentro do nível de confiança de 95%. A pesquisa quantitativa teve abordagem telefônica, a partir de sorteio aleatório de números de telefones celulares, e foi realizada entre os dias 18 e 29 de maio de 2020.

Os resultados foram apresentados à Undime na última segunda-feira (22), em reunião da Gestão Ampliada, grupo formado pelos integrantes da diretoria executiva nacional e presidências das seccionais.

De acordo com os dados apresentados, em menos de três meses de pandemia no Brasil, 74% dos estudantes das redes municipais e estaduais estão recebendo algum tipo de atividade para fazer em casa nesse período de pandemia. Entre os alunos do Ensino Fundamental Anos Iniciais, esse número é de 70%, Anos Finais 76% e, no Ensino Médio, corresponde a 86%. No geral, pouco mais de 24% não tiveram acesso a nenhum tipo de atividade não presencial, o que representa quase um quarto. Os estudantes que fazem parte dos grupos de escolas com menor nível socioeconômico, segundo classificação do Inep, tiveram menos acesso a atividades pedagógicas não presenciais.

Os dados mostram, ainda, que as atividades e o conteúdo pedagógico foram disponibilizados de diferentes maneiras – plataformas digitais, materiais impressos, videoaulas gravadas e, até mesmo, rádio e televisão –, considerando as diversas realidades dos estudantes. As atividades ofertadas pelas escolas por meio de algum equipamento tecnológico (internet pelo celular ou computador, TV ou rádio) correspondem a 37%, por material impresso 3%, e 34% por meio de materiais impressos e tecnologias.

Entre as principais dificuldades das atividades não presenciais estão: acesso à internet (23%), dificuldade com conteúdo (20%), falta de equipamentos (15%) e falta de interesse no conteúdo (15%).

O presidente da Undime e Dirigente Municipal de Educação de Sud Mennucci (SP), Luiz Miguel Martins Garcia, destaca a relevância da pesquisa pelo fato de ouvir as famílias e diz que é preciso estar atento a algumas questões como o nível de abandono escolar. "A pesquisa nos revela um pouco do que já sabemos: existem dificuldades e elas precisam ser analisadas com atenção para que possamos garantir o acesso, a permanência e a aprendizagem de todos os alunos", lembra Garcia.

Como a pesquisa apresenta um recorte por região, a presidente da Undime Paraíba, Aguifaneide Gondim, Dirigente Municipal de Educação de Frei Martinho (PB), destacou que é perceptível que a Região Nordeste necessita de um trabalho mais profundo e articulado para que os municípios cheguem aos alunos com mais eficácia. "Na Paraíba estamos fazendo reuniões semanais para debater as dificuldades sobre os aspectos revelados pela pesquisa. Com certeza, esses dados, agregados a outros, auxiliarão no debate local".

Clique aqui para ter acesso relatório da pesquisa.

Fonte: Undime com informações da Fundação Lemann


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